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A soja é um vegetal leguminoso oleaginoso cujos grãos nascem em vagens, como no feijão, na ervilha e na lentilha. A palavra soja, usada para se nominar esta oleaginosa, vem do termo japonês shoyu.
A primeira referência à soja como alimento humano surgiu há cerca de cinco mil anos na China, quando foi iniciado o cultivo deste grão como alternativa ao abate de animais para consumo.
O processo de “domesticação” da soja ocorreu no século XI a.C., a partir de cruzamentos das variedades selvagens então conhecidas, desenvolvidos por cientistas chineses. Neste período, a soja era encontrada principalmente na região oriental do Norte da China.
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A partir disso, a soja começou a ser introduzida no Sul da China e, daí, mais lentamente, os plantios foram sendo disseminados para a Coréia, o Japão e outros países da região hoje conhecida como Sudeste da Ásia, onde se iniciou no século III d.C.
No Ocidente, esta leguminosa só passou a ser conhecida no final do século XV e início do século XVI, no período das grandes navegações europeias que buscavam rotas marítimas para chegarem às fontes das preciosas especiarias orientais. Porém a utilização da soja como alimento humano fora da Ásia foi bastante lenta. Somente no século XVIII, os pesquisadores europeus começaram a estudar a soja como matéria-prima para a produção de óleo e alimento para animais.
Apesar das pesquisas então desenvolvidas na Europa, o cultivo comercial da soja no Ocidente só foi incrementado no início do século XX, nos Estados Unidos. Mesmo assim, os altos teores de óleo e proteínas do grão só passaram a chamar a atenção das indústrias ocidentais na segunda década do mesmo século. Foi a partir de 1919, depois do fim da Primeira Guerra Mundial, que a soja passou a ser um importante item do comércio internacional, expandindo suas áreas de cultivo ano a ano, até adquirir o status atual no cenário mundial das grandes commodities.
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